segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Recordar é viver!

                        As casas dos meus tios  em Rio Grande, Rio Pardo e  Itajaí sempre representaram, no meu imaginário infantil, verdadeiros castelos de aventuras e novidades.  Meus primos todos com mais idade que eu eram meus heróis e meus primos de idade próxima eram meus companheiros de aventuras. Talvez a distância e a falta de convivência tenham me afastado da visão heroica mas nunca do amor e do carinho que eu sinto por cada um deles.

                        Minhas lembranças de criança vão dos finais de semana na casa da Vó Verônica e da Tia Nelly em Rio Pardo, regados a muita comida(quando eu digo muita era muita mesmo), depois do almoço os jogos com a Tia Nelly, do Veludo(gato preto dela) e da penteadeira dela( adorooooooo),  da cozinha do apartamento dos meus pais, em cima do Banco do Brasil, em Santa Cruz(aquela cozinha era enorme, me lembro de cada detalhe dela, principalmente do pão com manteiga e açúcar, típico alemão, o leiteiro trazendo leite, a nata que a mãe aproveitava fazendo manteiga, a canja de galinha, que ela fazia com miúdos,  meu Deus, que gosto bom...), às férias no balneário Camboriú(a carrocinha de pão cheirava tão bem e achava o máximo o Zé subindo bem no alto de uma árvore), a cama com mosquiteiro pra evitar os famosos borrachudos de Santa Catarina, à casa de Itajaí grande e imponente(achava o máximo eles terem um piano na sala), ao Cassino, e uma vez que alugamos uma casa lá e passamos todas as férias lá. me lembro que a Vó Alcina, meus tios e primos também alugaram uma casa no mesmo terreno e passamos o verão ouvindo Dorival Caymmi(tinha medo da voz dele cantando "o mar quando quebra na praia é bonito") e o Roberto Carlos, o Ricardo, o Rogério e eu sentados no Dodge do pai fingindo dirigir pra longe, às visitas à casa de praia da Tia Arlete e do Tio Odilon, meus padrinhos. A escadaria da casa do Tio José era meu lugar predileto de todos. Me sentia dona do mundo no alto daquela escada...

                        A impressionante o papel da família no imaginário infantil e isso, posso dizer com gratidão, todos meus avós, tios e primos me deram um estoque de amor pro resto da minha vida.

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